Para esclarecer à população o funcionamento e dia a dia do transporte
alternativo de São Vicente, a diretoria da Cooperlotação é a favor da criação
do Conselho Municipal de Transportes. Isso porque, apesar do transporte
coletivo ser objeto de políticas públicas municipais, ele não conta com canais
de participação popular e planos específicos.
“Em São Vicente, apesar de termos uma cooperativa e sete associações,
quem define a atuação do transporte é a administração pública, ou seja, nos
sujeitamos às leis municipais e às ordens da Secretaria de Transportes. Então,
nem tudo depende do nosso desejo”, esclarece o presidente da Cooperlotação,
Anderson da Silva.
Segundo ele, a diretoria – assumiu a administração da entidade há apenas
quatro meses, está focada em trabalhar pela melhora do sistema, tanto para
permissionários quanto para usuários. “Muitas coisas já estão sendo realizadas
com reflexos positivos. Em breve, os usuários também sentirão que os ajustes
estão sendo feitos”, revela.
Mas o desejo do presidente é de que os usuários não apenas sintam ou
vivenciem as mudanças, mas participem dela. “Trabalhamos para o povo, então
nada mais justo do que eles estarem caminhando junto conosco para participar
dessas mudanças”, diz.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgados na primeira semana de
julho deste ano, apenas 6,4% das 5.565 cidades do País têm Conselho Municipal
de Transporte – canal que reúne representantes dos governos, usuários,
trabalhadores e empresários. A proporção de municípios que conta com Plano
Municipal de Transporte é ainda menor, de 3,8%.
O conselho municipal é onde a sociedade civil pode se pronunciar e o
plano municipal detalha desde a estrutura viária, o asfaltamento de ruas, os
itinerários de ônibus e até a tarifa das passagens.